Romance no futebol americano: casais recordam histórias junto ao esporte

Romance no futebol americano: casais recordam histórias junto ao esporte


Rocha e Ioshisuki (dir) foi um tackle a primeira vista. Foto Arquivo pessoal/Futebol Americano Brasil

Histórias fofinhas para comemorar o Dia dos Namorados

Longe de toda aquela agressividade, brutalidade e violência que vemos nos campos de futebol americano, há, sempre, os momentos de ternura. Não é raro termos relatos sobre o envolvimento do esporte nas vidas dos casais. Para celebrar este dia 12 de junho, conhecido no Brasil como Dia dos Namorados, o Futebol Americano Brasil vai contar algumas histórias de amor. Em todas as áreas do futebol americano, no administrativo, no campo, ou na relação coach-player, sempre pode-se ter uma grata surpresa amorosa. Confira algumas história.

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O primeiro tackle a gente nunca esquece

No futebol americano, tackle significa interceptar o avanço do jogador adversário, derrubando-o ao chão. Que tal fazer isso e encontrar o amor da sua vida?

Era mais um treino em Curitiba. As vice-campeãs estaduais de 2018, Curitiba Cold Killers, realizaram mais um treino coletivo, de ataque contra defesa. Alice Rocha, running back, recebe a bola para uma corrida que parecia fadada à falha. Passa pelo gap e dá de cara com Pamela Ioshisuki, safety, e ali a jogada já parecia não ter um final feliz.

— Foi o melhor tackle que já sofri — comenta Rocha.

O motivo? Ainda sem saber naquele momento, a tackleadora é quem está, nesta semana de dia dos namorados, escolhendo um sofá que combine com a cortina da sala de casa que as duas dividem.

Não foi tão fácil. Após aquele tackle, as duas se levantaram e seguiram o treino. Por serem de unidades diferentes, pouco interagiam durante os treinos. Noutra atividade, semanas depois, Ioshisuki passou mal. A defensora sofreu com uma crise de insuficiência respiratória e quem foi a primeira a aparecer para salvá-la? Com a velocidade de uma speed back, surgiu Rocha. O pedido foi sério, mas Ioshusuki até hoje lembra que riu.

— Tirem a blusa dela para respirar melhor! —, ordenou a jogadora de ataque.

A risada foi um dos pontos altos dessa experiência.

—Foi aí que eu me apaixonei pelo sorriso dela — relembra Ioshisuki.

Depois daquele dia as duas passaram a ser mais próximas. Saíram algumas vezes, conversa vai, vem e pronto: Rolou uma química! Namorando desde 2020, as duas se completam. E não sou eu quem digo isso, são elas mesmas.

— Alice é personal trainer e me ajuda a manter a preparação, enquanto eu estudo mais o futebol americano e passo o conhecimento pra ela—, revela Pamela.

E a defensora conclui — gosto de lembrar de dois momentos. Contra Lions, em Curitiba, e Big Riders, no Rio de Janeiro, eu interceptei uma bola e no drive seguinte a Alice correu para o touchdown.

Após um ano e meio juntas, entre namoro e casamento, o casal agora não pensa em outra coisa: reeditar essa parceria em campo. Quem diria que um tackle não poderia gerar algo tão lindo, não é?

Uma década pelo futebol americano

Essa história começa no início da década passada. Valdomiro Cirino da Silva Júnior e Flávia Regina Clemente eram alunos do curso de publicidade e propaganda. Ela, caloura, e ele, já no final do curso. Nunca tinham conversado. Eram do mesmo curso, mas nunca haviam trocado olhares ou qualquer outra coisa. Tinham amigos em comum. Um deles jogava no Curitiba Brown Spiders.

Já em seu último ano, Júnior e Clemente se viram pela primeira vez. Foi numa roda de amigos, muita conversa, mas nada foi despertado ali. Na verdade, foi apenas no ano seguinte, já formando, que os dois conversaram melhor. Foi numa festa de aniversário, daquele amigo que jogava nos Spiders. O destino começava a encaixar suas peças, ainda que timidamente. Era o gameplan. Ao invés de uma big play, o acaso foi deixando que o avanço fosse de jarda por jarda. Ainda sem nenhum vínculo, Clemente foi com alguns amigos na formatura do curso. Formatura, esta, que graduava Júnior.

Passado o período de faculdade, Júnior começou a se relacionar com suas duas grandes paixões: Flávia e o futebol americano. Com o esporte, bem, a promessa já era antiga. Este amigo em comum já havia o convidado para jogar em 2009, mas sem sucesso. O foco era a faculdade. Depois que ela terminou, o publicitário aceitou o desafio: vestir a #41 dos Brown Spiders.

Juntos desde 2011, Valdô e Flah começaram em 2012 sua jornada no esporte. Ao ingressar no time, Valdô já cumpriu dupla função, além de jogar, ficou responsável pelo setor de marketing. Ela o ajudava, incentivava, e frequentava os jogos, por enquanto, como torcedora. Foi em 2013 que ela ingressou na diretoria do clube, como secretária. Nessa época, o Vladô trocou de posição no time e de numeração na camisa. Agora era a #74, em homenagem ao aniversário da Flah. Os dois ficaram no clube até 2016, quando Valdô decidiu pendurar as chuteiras.

Por sua expertise e formação, Jr. foi convidado para assumir o papel de diretor de marketing na Federação Paranaense de Futebol Americano (FPFA). Os casal é proprietário de uma agência de publicidade, e trabalham juntos desde 2015. Ela sempre o ajudou nas tarefas da Federação, até que em 2018, na última eleição, Clemente foi eleita vice-presidente.

Desde 2018 juntos na Federação, Valdomiro tornou-se diretor de comunicação. Valdomiro da Silva Júnior, de 39 anos, e Flávia Clemente, de 32 anos, realizam as transmissões de praticamente todas as partidas que acontecem em Curitiba. E, mesmo após dez anos, o casal – noivo há 5 anos – vive de mãos dadas com o futebol americano.

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