Cruzeiro Futebol Americano anuncia recrutamento de Giron para disputa da MGFL e manda ‘eu quero ser campeão’

Padilha busca instalar fundamentos para a unidade de defesa do Igrejinha Bears. Foto Fábio de Bortolli/Futebol Americano Brasil

Coordenador defensivo do Igrejinha Bears fala sobre a estrutura do clube após a pandemia

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Padilha busca instalar fundamentos para a unidade de defesa do Igrejinha Bears. Foto Fábio de Bortolli/Futebol Americano Brasil

O Igrejinha Bears, localizado na cidade de Igrejinha, no Rio Grande do Sul, está buscando seu espaço no cenário do futebol americano do estado gaúcho. Para isso, tem apostado em adquirir o máximo de experiência com jogadores como Rafael Rodrigues, quarterback com passagens por Restinga Redskulls, Juventude, Venâncio Aires Bulldogs, Porto Alegre Pumpkins e Armada Futebol Americano; Bruno Dreger, linebacker com passagem, por Esteio Buriers, São Leopoldo Mustangs e Armada; e Danrlei Alves, linebacker com passagens pelo Porto Alegre Pumpkins e Armada.

Outro nome experiente é o do coordenador defensivo da equipe, Alessandro Padilha, ex-jogador do Armada, e que concedeu uma entrevista para o Futebol Americano Brasil falando sobre o momento da equipe.

Futebol Americano Brasil – Como foi a sua chegada nos Bears e a impressão que teve em ingressar em uma equipe emergente?

Alessandro Padilha – Eu sou um cara extremamente apaixonado pelo esporte e pelo poder transformador que ele tem na vida das pessoas, e o futebol americano é um grande exemplo do quanto algo pode impactar as vidas dos atletas, das famílias e da comunidade. Só quem é atleta, independente de modalidade esportiva sabe, o quanto seus colegas, teus treinadores e pessoas que participam te influenciam, te movem e te motivam. Desde a criação dos Bears, e o começo da aparição do time nas redes sociais, das imagens dos treinos, eu como amante do esporte, já acompanhava essa galera, muito na esperança de saber se formariam times para competições oficiais, muito por torcer pelo crescimento e disseminação do esporte no Brasil. O ano de 2020 veio, a pandemia bateu de vez na nossa porta e toda uma galera se viu desamparada, sem a válvula de escape que o futebol americnao traz para os atletas, e eu fui um desses atletas que se sentiram meio órfãos, sem poder treinar, sem poder competir, sem poder bater cabeça, e o pior, sem uma perspectiva de retorno. Em 2021, começamos a enxergar um panorama mais positivo, com as vacinas sendo aplicadas, e com os times vagarosamente e cuidadosamente retornando aos treinos e a movimentar o cenário. Um domingo à tarde deste ano, passando os olhos pelo Instagram, eu vi um reels nos stories dos Bears, e nele eu vi um ex colega de Armada, o Guilherme Reiter. Somando a vontade de treinar, com a curiosidade de ver como era a organização, o time e a galera dos Bears, eu entrei em contato, falei com o presidente Elemar Ramos que prontamente me convidou para ir participar de um treino com eles. Eu cheguei para ser player, para participar, para aprender e a primeira impressão que eu tive logo nos drills, foi de que o time num geral, era um time bem jovem, pouco experiente, mas com muita sede de conhecimento, com muita vontade de melhorar, com muita força e principalmente muita dedicação e vibração com o esporte. Vi uma galera que se bem trabalhada vai longe, muito longe. Além disso, fiquei bem impressionado com a direção ativa e sólida e com a forma de gerir a organização e conduzir as coisas.

FABR – E sobre o retorno pós-pandemia, o que esperar da equipe? Como os Bears tem encarado essa situação?

Padilha – Como tu mesmo disse na pergunta anterior, somos um time emergente, estamos em crescimento. A cada treino vejo melhoras individuais dos atletas e da equipe como unidade. O Bears tratam o esporte com muita seriedade, somos um time amador, em um esporte amador no Brasil, mas não o encaramos dessa forma, pra nós futebol americano é coisa séria, a gente planeja as coisas, organiza, corre atrás, porque a gente realmente acredita no esporte, no impacto que temos na comunidade, e queremos ver o futebol americano no Brasil e os Bears sendo grandes, por isso treinamos com afinco e dedicação, estudamos e nos preparamos o melhor possível.

FABR – Um comentário sobre a unidade de sua responsabilidade e a equipe no geral.

Padilha – Bom, eu cheguei para ser player, para somar, para aprender, para participar, e logo de cara fui muito bem acolhido, tanto por atletas quanto pela direção, de forma alguma era minha pretensão participar da comissão técnica, mas podemos dizer que foi um processo natural. Talvez por eu ter um pouco mais de experiência que a galera mais inexperiente, talvez pelo meu perfil de professor, que é minha profissão de formação. Mas, acabei aos poucos participando mais da defesa como um todo, ajudando a gurizada a se ajustar, corrigindo posicionamento, criando playbook, ajustando técnica e o mais importante, criando laços e confiança. Temos uma defesa bem forte e física, com muita vontade e que me surpreende a cada treino. Sou extremamente orgulhoso do trabalho que estamos fazendo e com o crescimento que a unidade vem tendo, e com o trabalho que estamos dando nos treinos e nos confrontos realizados. A equipe como um todo tem potencial, têm atletas dedicados e curiosos, e têm uma direção empenhada em fazer o melhor pela organização.

FABR – No jogo contra o Erechim Coroados a unidade de defesa utilizou como base o front 42, com dime e single high safety. Partiu de ti instalar este pacote? E como corrigir stances e leituras da secundária, que sofreu no jogo aéreo, para os próximos jogos?

Padilha – Essa formação, na verdade, não foi só eu que pensei nela. Quando eu e o Felipe Dalmoro chegamos nos Bears, já tinha um playbook rodando. Não sendo muito aplicado, mas em uso. Então, a gente resolveu, em conjunto com o Ramos, um playbook novo antes mesmo da ideia de marcar jogos. Montamos um conselho comigo, Dalmoro, Ramos, Reiter e o Bruno Braun para discutir sobre os times que nós enfrentaríamos, que são times emergentes e que predominam no jogo corrido, também visando na característica da nossa defesa. Por isso, pensamos nesta formação com um safety no fundo e pesar um pouco mais no meio com os linebackers para conter as corridas por fora e por dentro. Acredito que muito desta decisão em implementar este sistema é das influências defensivas que eu, o Reiter, o Dalmoro e o Braun temos, que é ter a característica de ter o meio mais pesado no box. Quanto a forma que vejo para corrigir estes erros é trabalhar as questões de fundamento de stances e esgrima, que é a base do futebol americano, já que nosso time é muito jovem e inexperiente. Também trabalhar os estudos de vídeos, tanto nosso, quanto dos adversários, para a gente conseguir ler os gaps. Para isso, vamos treinar situações de jogo, que é algo que gostamos de fazer para estimular o corner a sair de bloqueios, ou o safety fazer uma leitura.

Sobre o autor


Leonardo Oberherr

Repórter e narrador. Graduando em Jornalismo pela Unisinos. Fundador do Portal Obertime


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