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Além de dividir o amor pelo futebol americano, os quarterbacks Osmar e Pedro Henrique Casa disputam a titularidade no backfield do Porto Velho Miners. Foto Arquivo pessoal/Futebol Americano Brasil

De pai para filho, na vida e no futebol americano do Porto Velho Miners

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Além de dividir o amor pelo futebol americano, os quarterbacks Osmar e Pedro Henrique Casa (dir) disputam a titularidade no backfield do Porto Velho Miners. Foto Arquivo pessoal/Futebol Americano Brasil

Atletas que fazem carreira no mesmo esporte que o pai não é realmente algo novo. Na verdade, é até comum e os exemplos começam a pular na mente quase instantaneamente quando paramos para pensar sobre. Seja no futebol bretão, com Cesare e Paolo Maldini, ambos zagueiros do Milan, na Itália, ou o caso da família Manning com Archie e seus filhos Peyton e Eli, todos quarterbacks. Acontece que o futebol americano jogado no Brasil também nos proporciona histórias parecidas, talvez menos glamourosas, mas com um diferencial: pai e filho jogando juntos e, mais que isso, disputando posição.

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Verdade seja dita, ainda não é uma disputa por posição de verdade. Pedro Henrique Casa, 18 anos, começou a treinar recentemente no Porto Velho Miners, equipe que seu pai Osmar Casa, 41, defende desde 2019. Portanto a experiência de vida e de futebol ainda pesa a favor de Osmar.

Foi na infância que ele teve o primeiro contato com o esporte e se apaixonou, quando ainda morava em Glória de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Primeiro pela televisão e depois com uma bola, presente dos pais após uma viagem ao Paraguai, o garoto tinha dificuldade em conhecer outros interessados e, sem uma conexão boa de internet, a tarefa se tornou impossível e futebol americano virou um entretenimento apenas pela televisão.

Concursado, Osmar chegou à Porto Velho, em Rondônia, em 2010, mas conheceu os Miners apenas em 2019.

— Conheci através do perfil no Facebook, convocando para a seletiva de atletas — relembra Osmar.

A equipe havia sido fundada em 2017, mas ele não tinha conhecimento. Osmar levou o filho Pedro, na época com 16 anos, para a seletiva, mas o garoto não quis fazer o teste.

Osmar, por outro lado, estava inspirado. Durante o teste fez uma boa recepção, fazendo o pessoal vibrar. Em outro momento, quando foi testado como quarterback, ele escapou da pressão, saiu do pocket e completou o passe com o recebedor. O sonho se tornava realidade.

Não demorou muito para Pedro se interessar e começar a treinar também e foi apenas natural que ele se tornasse wide receiver, aproveitando os laços com o pai.

— O esporte é mais uma forma de fortalecer os laços. Sempre levo ele nas minhas aventuras e esportes, de forma segura. O futebol americano tem sido bastante intenso e gratificante — conta orgulhoso.

Foram dois amistosos em 2019, contra Cacoal Bulldogs e Alta Floresta Lumberjacks e ambas vitórias escaparam por pouco. 2020 veio e a pandemia atrasou ainda mais os planos. A equipe voltou a treinar em maio de 2021 e está programando amistosos, talvez ainda no fim deste ano, talvez no início de 2022.

— Tivemos boas jogadas com passes completos, corridas, mas faltou o touchdown — comenta Osmar, sobre a parceira dentro de campo com o filho.

É recente o interesse de Pedro pela posição de quarterback. O jovem começou a treinar em agosto de 2021, já que os quarterbacks da equipe são o pai, com 41 anos, e Fernando Rodrigues, com 40. A ideia da comissão técnica é trabalhar o elenco a médio e longo prazo, adequando atletas jovens em outras posições que mostrem potencial e aptidão.

Talvez a opinião seja suspeita, mas Osmar acredita no potencial de Pedro como signal caller.

— Ele tem todos os requisitos. A posição é exigente e ele só vai precisar de um tempo para se adaptar — crava.

Nesse caso, a experiencia do pai tem muito a agregar na carreira do filho. Ele, inclusive, já deu algumas dicas.

— Tem que ter tranquilidade fazer e executar as opções enquanto o pau está quebrando na offensive e defensive lines a poucos centímetros — brinca.

Aí então a disputa de posição se transforma em uma troca de bastões. A tendência é que, no futuro, Pedro assuma o posto do pai como líder do ataque dos Miners. Até lá, ele tem a chance de aprender com o pai também dentro de campo. Se a vida imita a arte, o esporte também tem o direito de imitar ambos e escrever belas histórias.

Sobre o autor


Leonardo Siqueira

Jornalista. Produtor de conteúdo no Futebol Americano Brasil. Assessor de Imprensa da Federação Paranaense de Futebol Americano


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